segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Rastros ao vento

Sim... O dia passava tão rápido quanto começara. Eu apenas vira seus rastros no tempo, sem som, sem cor... Era como se fosse um mero filme rápido,ao qual eu era apenas uma mera telespectadora e não uma personagem... Os dias foram passando e passando e eu apenas assistia eles passarem por mim. Eu não vivia-os, não sentia-os, era como se eu não fizesse parte deles, como se eu estivesse morta em minha própria vida, estava apenas vendo esta vida passar por mim sem nenhum propósito ou finalidade...
Ela apenas passava, e mais uma vez eu observava, sentia-me fraca, vazia era como se a vitalidade tivesse me deixado á muito tempo, sem data, sem hora para voltar.
Já estava cansada de apenas assistir e não poder fazer nada para mudar o roteiro e o desfecho desta história. E isso me levara á melancolia e esta me dominava, e quando um pingo de vontade ousara surgir em mim, eis que o dia passara e a vida passara e já não havia mais tempo para tentar ...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Recordações

Minhas asas estão presas ás recordações do passado, impedindo-me de voar.

Escondo-me atrás de uma mascara de felicidade, pois a minha verdadeira face mostra todo o sofrimento e dor de que um dia senti e que ainda sinto.

Todos me vêem da m
aneira que eu quero ser visto (a), mas ninguém me vê da maneira que eu sou de verdade. Ninguém conhece a minha verdadeira face.

Estou apenas sobrevivendo, sim, pois já estou morto (a) em vida, meu copo apenas sobrevive á esta triste e cruel realidade.

Por trás do meu falso sorriso, escondo uma existência sofrida, amarga e triste.

Por trás da minha felicidade ilusória, escondo todas as perdas que um dia sofri.

Por trás desta falsa paz, escondo o medo que habita em minha alma...

Afoguei-me na escuridão,

Esperando que assim toda a minha dor e meu sofrimento pudessem ser apagados,

Esquecidos...

Mas, nada adiantou,

Eles continuam fortes e vivos em minha mente

E em meu coração.

A dor que um dia senti apenas se fortalece

E corrompe a minha alma.

Como uma armadilha,

Como uma prisão sem saída...

Então eu me firo fisicamente para que com uma nova dor talvez eu possa esquecer as terríveis dores do passado...

Mas, mesmo assim, não adianta, pois minhas dores de outrora não foram físicas, antes fossem.

Meu coração fora ferido e estraçalhado de uma forma dolorosa e amedrontadora.

Minha felicidade fora consumida pela dor, pelo medo.

Minha face já não sabe mais o que é a contemplação e a satisfação de um sorriso.

Meus olhos já não enxergam mais a luz,

Minha alma já não sente mais a paz.

Hoje sofro pelo passado,

Hoje sofro pelo presente.

Hoje sofro pelo futuro!

Me Liberte Disto



Quero apenas me libertar, viver a minha curta e mortal existência longe de tudo isso.
Quero apenas ser quem eu sou, sem ter que colocar uma máscara para poder agradar outros seres.
O que tenho que fazer para viver em paz?
O que posso fazer para ter minha liberdade?
Se for necessário um sacrifício eu o faço.
Por favor, não diga o que eu tenho que ser ou o que eu tenho que fazer.
Não me mate aos poucos.
Eu sei que não sou perfeita, mas...
Deixe-me viver apenas a minha vida.
Deixe-me ser quem eu realmente sou.
Deixe-me seguir meu próprio caminho.
Se eu errar poderei aprender com meus erros.
Mas por favor, me liberte disso.
Seja qual for o caminho, sejam quais forem os obstáculos, seja qual for o destino, tenho que trilhá-los sozinha.
Apenas deixe-me.
Apenas apoie-me.
Apenas dê-me forças para jamais desistir.
Mas por favor, me liberte disso.
Pois não estou aguentando mais...

domingo, 26 de outubro de 2014

Esperança

Ruas frias e mortas perdidas no tempo, sem som, sem cor, gritam o silêncio da mais profunda melancolia, o vazio se esvai com o vento, sussurrando os segredos escondidos, para os galhos sombrios das tristes arvores sem vida... Qual será o segredo que o vazio veio sussurrar? O segredo é que uma linda rosa vermelha do jardim morto jaz a brotar, dando esperança de que ainda existe vida naquele lugar...!

Prologo

Eu estava sentada, olhando as folhas mortas de outono que caiam lentamente, mediante ao vento forte. Eram suaves e grotescas, que pousavam lentamente sobre o chão. Algumas, porém, voavam tempo a fora - Pareciam que não queriam estar mais ali, paradas e imoveis no mesmo lugar. Queriam voar, descobrir novos destinos, ter mistérios para desvendar, lugares para explorar e uma vez, apenas uma vez, sentir-se livres.
    Estava tarde, o pôr-do-sol já havia se formado. Tão lindo e vivo que me fizera por um instante se sentir da mesma forma. Seu brilho forte e voraz me deixava fascinada, poderia eu passar horas e horas contemplando esta magnífica paisagem que me rodeava, mas como tudo, eis que chegava ao fim. E de novo eu estava ali, dentro da mais tenebrosa escuridão, que libertava das jaulas cravejadas por espinhos sangrentos os meus medos incessantes. A angustia me dominava e o frio assolava a minha pele, penetrando nos meus ossos. Queria fugir, mas não havia lugar para me esconder, uma vez que, tal tenebrosa escuridão devora lentamente a minha mente. Já não havia mais como escapar e eu tinha que suportar e mais uma vez sorrir como se nada tivesse acontecido, mas era apenas um sorriso falso e eu tinha que guardar toda aquela tortura apenas para mim, já que ninguém se importava, já que eu era apenas uma escória no mundo que não merecia redenção, muito menos ser amada. E assim eu vivia meus dias, triste pelos cantos, com a alma ferida, solitária, sem ninguém, absolutamente ninguém. Carregava um passado que não era nada diferente do meu presente e provavelmente não seria diferente ao meu futuro e isso me obscurecia, me deixava com vontade de interromper a vida ali, afinal a morte não poderia ser pior que a vida. Poderia?
Mas não me importava com isso, tudo que pudesse acabar com a dor seria melhor do que esta ali, sentindo tudo aquilo, sofrendo e sofrendo sem um fim para tal sofrimento.
Respirei fundo e me levantei, o pôr-do-sol já havia adormecido, e as folhas pararam de cair quando a árvore que as hospedava finalmente morreu. Só ficaram ali seus restos mortais, esperando ser putrefato e sucumbido como todo o ciclo de uma vida, onde se nasce, cresce e finalmente morre. Cada qual tem o seu tempo para morrer, mas seria errado antecipar esse tempo? Quem se importa? Para todos sou apenas um erro, então não seria errado corrigir um erro. Sempre atrapalhando outras vidas, que consideravam errado até o ar que eu respiro, o lugar em que toco, as palavras ao qual pronuncio, a minha existência em si.
    A noite agora me sondava, vigiando-me enquanto eu a vigiava. Buscando uma brecha para me fazer parte dela, olhava-me com seus olhos de escuridão, calculava cada passo que eu dava, esperando que este fosse o último, acusando-me de encará-la. Já não estava mais querendo a minha presença perante ela. Poderia eu chorar? Nem a noite... Ahh, a magnífica noite me queria, e a morte? Será que esta não iria querer-me também? Deixaria ela este fardo para a vida carregar sozinha? Será que a vida aceitaria? Ou apenas seria obrigada á isso?
    Minha mente cruel que não perde tempo para me torturar e me fazer sofrer... Ingrata mente, eu que sou a única que tento fazer de tudo para que você sempre fique bem, e o que apenas ganho em troca è dor e sofrimento, que ousa incomodar meus olhos com lágrimas e mais lágrimas... Meu coração que já cansara de ser apenas partido, desejara parar de bater. Já não queria mais estar comigo, me acusara de ser a sua grande desgraça. A minha pele estava horrorizada a mim, sempre chorava e me perguntava que mal ela havia me feito para eu apenas machuca-la, tantos cortes, tantas cicatrizes a deprimia e isso se transformava em ódio, um imenso ódio de mim. Meu sangue apenas gostava quando era finalmente libertado desta horrenda prisão que era o meu corpo.
Nada mais importava! Fecho os meus olhos e durmo. As vezes o sono fugia de mim, outras vezes ele apenas me tortura com seus pesadelos. Mas desta vez, eu não me importo, quero apenas me desligar desta terrível realidade mesmo que a ilusão seja cruelmente pior...

Amargos Sonhos

     Ele olhou no fundo de seus olhos e levou a mão dela até o seu coração.
- Eu te amo disse ele.
Ela então abrindo um enorme sorriso o beija, estava ela agora se sentindo a garota mais feliz do mundo, e claro bem pudera, pois estava nos braços daquele que tanto amara... Mas de repente ela desperta e percebe que tudo aquilo fora apenas um sonho e se da conta de que seu amado não a amava, então ela entra em uma melancolia profunda. Quisera ela voltar para a sua doce fantasia e sonhar , mas não o pode. A realidade não permitira.
Ela então se vira em um mar de desespero a dor invade o seu coração e lagrimas de seus olhos caem. Passando a dor ela se ver em um estado de completo vazio e assim seria pelo resto de sua vida...

Eu te Amei


Eu te amei...
Quando não havia mais esperanças,
quando eu não deveria amar...
Fui o mais longe que pude para não deixar esse amor morrer,
enfrentei a dor, enfrentei a tristeza,
tudo para ter-te ao meu lado.
Mas não fora o suficiente,
então em troca só ganhei a solidão para ao meu lado estar...
O desespero me dominou,
e o que eu tinha de mais importante começou a se perder quando você se foi,
o que restou de todo o amor que eu possuía por você fora apenas um coração partido, um coração ferido que sangrava incessantemente... A chaga neste pobre coração era grande de mais para mim suportar, então eu simplesmente desisti, desisti dos sonhos, desisti de acreditar, desisti de amar... E hoje sou apenas um ser humano frio e vazio, que não tem nada por dentro... Nada além da dor e da solidão!